Deputado denúncia suposto esquema na FAS e reacende crise na saúde de Maricá

Áudio aponta irregularidades no Hospital Che Guevara

Maricá (RJ)
Uma nova denúncia apresentada pelo deputado estadual Filippe Poubel reacendeu as suspeitas sobre a gestão da saúde pública em Maricá. Em vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar divulgou um áudio que, segundo ele, já foi protocolado no Ministério Público e no qual um funcionário descreve supostos esquemas fraudulentos envolvendo a FAS, organização responsável pela administração do Hospital Municipal Dr. Ernesto Che Guevara.

O material, divulgado como parte de uma denúncia formal, se soma a uma série de reclamações e investigações já existentes envolvendo organizações sociais e contratos da Prefeitura de Maricá.


📌 O que diz a nova denúncia

Na postagem, Poubel afirma:

“Denúncia feita no MP e aqui está o áudio onde um funcionário escancara tudo que acontece nos esquemas fraudulentos da prefeitura. Assista até o final.”

O parlamentar sustenta que o conteúdo entregue ao Ministério Público comprovaria irregularidades estruturais na gestão da saúde e cita, diretamente, práticas ilegais envolvendo a FAS e servidores ligados à administração municipal.

Segundo o deputado, o áudio revela detalhes de processos internos que teriam sido manipulados, além de práticas administrativas que violariam normas de contratação, faturamento e repasses financeiros.


📌 Histórico recente reforça clima de desconfiança

A denúncia surge em um cenário já marcado por problemas:

1. Investigação federal sobre contratos da saúde

A Polícia Federal realizou, em 2024, a Operação Salus, que investigou suspeitas de desvio de verbas e irregularidades em contratos da saúde no município, incluindo organizações sociais que atuaram em unidades de Maricá.

2. Reclamações e episódios graves no Hospital Che Guevara

Nos últimos meses, funcionários da unidade relataram:

  • falhas na alimentação fornecida aos trabalhadores;
  • demissões e trocas constantes de equipes;
  • casos como liberação equivocada de corpos, que repercutiram nacionalmente;
  • atrasos contratuais e problemas administrativos sob a gestão da FAS.

3. Trocas de OSs e falta de transparência

A instabilidade na contratação e substituição de organizações sociais para gerir hospitais e UPAs tem sido alvo de questionamentos contínuos por parte de vereadores, sindicatos, servidores e do próprio Ministério Público.


📌 O que precisa ser investigado agora

Com a nova denúncia, especialistas apontam pontos cruciais que devem ser confirmados pelos órgãos competentes:

  • Autenticidade do áudio e sua vinculação formal ao processo no Ministério Público.
  • Contratos vigentes entre FAS e Prefeitura, incluindo aditivos, valores repassados e relatórios de auditoria.
  • Medidas administrativas internas após as denúncias — se houve afastamentos, sindicâncias ou notificações.
  • Existência de inquéritos civis ou criminais abertos para apurar especificamente o conteúdo do áudio.

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