Maricá, 04 de setembro de 2025 – Um verdadeiro terremoto econômico sacudiu a cidade: a Prefeitura de Maricá decidiu encerrar unilateralmente o contrato com o Instituto E-Dinheiro Brasil, responsável pelo Banco Mumbuca e pela gestão da famosa moeda social Mumbuca, símbolo de orgulho local e motor dos programas sociais Renda Mínima, Renda Básica da Cidadania e Locação Social.

A bomba estourou com a publicação no Jornal Oficial de Maricá, edição de 1º de setembro, e desde então a dúvida assombra milhares de moradores: será este o fim da moeda que sustentou famílias inteiras ao longo da última década?

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Mercados fecham as portas para a Mumbuca

O impacto foi imediato. Supermercados, padarias, farmácias e diversos comerciantes já se recusam a aceitar o Mumbuca como forma de pagamento. O temor é de que os saldos fiquem bloqueados, deixando lojistas no prejuízo. Para muitas famílias, a cena é desesperadora: o cartão não passa, a compra não sai e a incerteza cresce a cada hora.

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Acusações, irregularidades e a queda

O motivo oficial da rescisão: inexecução contratual, previsto na Lei nº 13.019/2014. Segundo apurações, auditorias anteriores já haviam apontado falhas graves, como mistura de recursos públicos com fundos privados, falta de transparência na contabilidade e até cobranças indevidas a comerciantes e beneficiários.

A Prefeitura, por sua vez, se apoia na cláusula rescisória do contrato, que permitia a quebra em caso de irregularidades. O Instituto E-Dinheiro tem agora 10 dias úteis para apresentar defesa. Mas, na prática, o estrago já está feito.

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Famílias em pânico

Enquanto isso, a população vive um pesadelo. Beneficiários dos programas sociais estão aflitos: “O que será do meu sustento? Como vou comprar comida?”, desabafa uma moradora que depende integralmente do cartão.

A moeda que nasceu como símbolo de inclusão e solidariedade, agora é vista como sinônimo de instabilidade e medo. O que era certeza virou incerteza. O que era confiança virou pânico.

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Prefeitura garante: pagamentos de setembro estão mantidos

Em meio ao caos, a Prefeitura tenta acalmar os ânimos e afirma que não haverá interrupção nos pagamentos de setembro. O Renda Básica da Cidadania está garantido, segundo o governo municipal.

Mas a grande pergunta continua sem resposta: quem vai assumir a gestão da moeda? O que acontecerá com os saldos já existentes?

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De símbolo de orgulho a incerteza total

O Mumbuca já foi capa de jornais internacionais como exemplo de inovação social. Agora, corre o risco de se transformar em um fantasma econômico.

Famílias temem perder seu único sustento. Comerciantes se recusam a aceitar a moeda. E a cidade inteira assiste, incrédula, ao que pode ser o maior colapso social da história de Maricá.

Não custa lembrar…
Decreto 02/2025: golpe no coração da solidariedade

No apagar das luzes de 1º de janeiro de 2025, com base no Decreto nº 02/2025, a Prefeitura suspendeu de forma abrupta a concessão e o pagamento de benefícios via PAT Mumbuca — mesmo contrariando leis municipais que garantiam esse auxílio para trabalhadores.

O PAT beneficiava microempreendedores, autônomos e profissionais liberais, concedendo montantes vitais em mumbucas para garantir sua subsistência. Agora, com o decreto unilateral, essas famílias foram deixadas à própria sorte, sem aviso nem transição possível — uma verdadeira demonstração de força autoritária que ignora a dignidade dos mais necessitados.

Termino esse que acarretou um caos no comercio de Maricá, trazendo prejuízos a diversos comerciantes.