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Na manhã do Natal (25), uma ação social inter-religiosa oferecerá um café da manhã para cerca de 400 pessoas em situação de vulnerabilidade social, na zona leste da capital paulista, no Centro Comunitário Santa Dulce dos Pobres. Essa é mais uma edição da iniciativa realizada todos os anos.

Desta vez, a ação contará com a presença de sete religiosos: padre Júlio Lancellotti (Paróquia São Miguel Arcanjo), Sheik Rodrigo Jalloul (Centro Islâmico da Penha), Pastor Leandro Rodrigues (Igreja inclusiva Habitar), Pai Denisson D’Angiles (Centro Espírita de Umbanda Estrela Guia), Rabino Alexandre Leone (Associação Beit Midrash Massoret), Bruxa Cris Gimenez e o Monge Zen Budista Ryozan.

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“A importância desse café da manhã é proporcionar aos nossos irmãos de rua, um momento no qual eles são um pouco mais acolhidos e ouvidos. Enquanto muitas pessoas estão em suas casas com suas famílias e com suas mesas fartas nesta época do ano, muitos não têm o que comer. Numa data tão especial para nós cristãos, que é a comemoração do nascimento de Jesus, eu e outros líderes religiosos estamos tentando fazer o dia dessas pessoas ser um pouco mais feliz”, disse, em nota, o pastor da Igreja Inclusiva Habitar Leandro Rodrigues.

Representante da chamada teologia inclusiva, a igreja cristã Habitar apresentará o espetáculo musical “O Messias Prometido”, no próximo domingo (22), às 18h, com entrada gratuita, na sede da Barra Funda. A instituição acolhe a comunidade LGBT+ sem restrições em relação às suas orientações sexuais e identidades de gênero.

O elenco da peça conta com a atriz Andy Sodré, uma mulher trans, que interpreta Maria, mãe de Jesus. “Por ser o exemplo de mulher a ser seguido, Maria pode ser representada por todas as mulheres, sejam elas cis, trans, solteiras, casadas, mulheres que sofrem”, disse o pastor.

Autor e diretor da peça, Felipe Sousa avalia que o evento é um convite para a sociedade refletir sobre inclusão, quebra de preconceitos e enxergar a beleza da diversidade naquilo que é sagrado. “Essa peça é um grito de que mulheres trans têm um lugar sagrado, sim. Não à margem, mas no centro da história que nos ensina sobre o amor e redenção. Ter uma pessoa trans no papel de Maria é um ato de coragem e resistência, que afirma que a graça divina e a dignidade humana não têm gênero”, disse Sousa.

 

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