Consumir água de poço artesiano, que tantos riscos oferece à saúde pública e ao meio ambiente, foi uma realidade vivida durante décadas por moradores da Rua Dois de Fevereiro, no bairro de Água Santa, na Zona Norte carioca. Porém, as dificuldades ficaram para trás, após a conclusão de obra de ampliação de uma rede de abastecimento. O término da intervenção, realizada pela Águas do Rio, tornou-se motivo de comemoração por quem vive no local.

O endereço é de uma típica via do subúrbio carioca, onde grande parte da vizinhança é formada por famílias antigas da região. Leacyr Lemos, de 56 anos, é uma dessas cerca de 400 pessoas que sofreram prejuízos ao longo de décadas.

“Moro nessa rua desde que nasci. Quando tive a oportunidade, comprei uma casa em frente à minha para alugar e compor minha renda. A inquilina montou um estabelecimento comercial, que logo foi interditado por um órgão competente. Os fiscais alegaram que a água que vinha do poço oferecia riscos à saúde. Foram uns 35 anos de angústia por causa desse desabastecimento”, disse Leacyr.

Francisca Souza, de 50 anos, foi quem alugou o imóvel para montar uma lanchonete. Impedida de manter seu empreendimento aberto, ela foi em busca da implantação da tubulação de água para atender os imóveis da rua.

“Fiquei cheia de dívidas, pois tive que fechar a loja. Já não acreditava mais que o problema fosse resolvido, até que procurei a Águas do Rio. Mobilizei minha família para acompanhar essa obra, do início ao fim, junto comigo. A empresa não somente solucionou o problema da minha lanchonete, mas também trouxe dignidade para os moradores que sofriam há anos”, disse Francisca, que pôde reabrir o negócio.

Quem acompanhou de perto a obra e a história dela foi Jones Andrade, coordenador de Serviços da concessionária.

“Após o primeiro contato com a empreendedora, começamos os trabalhos em menos de um mês e conseguimos concluir tudo em 15 dias. Realizamos uma obra de ampliação da rede de água com 200 metros de extensão e fizemos todas as ligações nas residências para garantir que as pessoas finalmente tivessem água encanada em suas casas”, explicou.