Golpista do Tinder: homem é preso no Rio de Janeiro

Homem é detido por golpes românticos: Caio Henrique da Silva Camossato, conhecido como “Golpista do Tinder”, foi capturado no Rio de Janeiro sob acusações de estelionato sentimental. Ele é suspeito de ludibriar pelo menos 11 mulheres, causando prejuízos financeiros que totalizam R$ 1,8 milhão, principalmente no Rio e em São Paulo. O cerco se fechou para Camossato graças à colaboração de um grupo de mulheres determinadas a expor suas fraudes.

O modus operandi de Camossato envolvia seduzir suas vítimas por meio de aplicativos de relacionamento, apresentando-se como um ator famoso, compositor de renome e empresário próspero, mas com alegados problemas financeiros. Usando sua eloquência, ele persuadia as mulheres a emprestarem-lhe dinheiro, prometendo restituir assim que seus supostos dilemas financeiros fossem resolvidos.

Uma das vítimas, Tayara Banharo de Medeiros, relata que o conheceu durante sua internação hospitalar e, surpreendentemente, ele aproveitou o momento delicado para solicitar um empréstimo. Desconfiada, Tayara investigou Camossato e, ao descobrir sua verdadeira identidade, exigiu o reembolso sob ameaça de revelar sua conduta fraudulenta. Ele pagou, mas isso não impediu que suas atividades ilícitas continuassem.

Determinadas a interromper seus golpes, as vítimas se uniram, monitorando seus movimentos por meio de um grupo no WhatsApp. Com persistência e coordenação, conseguiram obter um mandado de prisão contra ele. Durante os últimos meses, ele mantinha contato com outras mulheres, incluindo uma policial do Rio de Janeiro.

O delegado Fabio Souza, responsável pelo caso, ressalta a importância das vítimas denunciarem esses crimes, enfatizando a recorrência do comportamento criminoso de Camossato. Enquanto isso, a defesa do suspeito argumenta que as acusações são infundadas, caracterizando o caso como uma disputa civil, e contesta a legalidade de sua prisão.

A saga do “Golpista do Tinder” destaca não apenas a sofisticação dos crimes cibernéticos modernos, mas também a importância da colaboração entre as vítimas e as autoridades para combater esses golpes sentimentais cada vez mais frequentes.

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