Freenom encerra 12,6 milhões de domínios: relatório revela desfecho de batalha legal por cybersquatting

Na última pesquisa de servidores da web conduzida pela Netcraft, uma reviravolta surpreendente foi revelada: o registro de domínios Freenom encerrou pelo menos 12,6 milhões de domínios em três de suas TLDs (Top-Level Domains). Isso representa um enorme declínio de 98,7% em relação ao mês anterior, de acordo com dados da empresa.

Esses domínios pertenciam às extensões .tk, .cf e .gq, e agora não estão mais ativos, de acordo com a Netcraft. A causa dessa ação radical remonta a uma batalha legal em que a Freenom, também conhecida como OpenTLD, esteve envolvida. Em fevereiro, a empresa anunciou sua saída do negócio de registros de domínio como parte de um acordo com a Meta, empresa proprietária do Facebook, que a processou por alegado cybersquatting.

O cybersquatting é uma prática em que indivíduos registram nomes de domínio que correspondem a marcas comerciais, com o intuito de vendê-los a preços inflacionados para a empresa detentora da marca ou para prejudicar sua reputação. A Freenom, com seu modelo de negócios de oferecer a maioria dos domínios gratuitamente e monetizá-los posteriormente, atraiu uma quantidade significativa de registrantes abusivos.

Com a perda de sua acreditação de registrador ICANN e contratos governamentais para administrar seu portfólio de ccTLDs (Country Code Top-Level Domains), a Freenom enfrentou um destino inevitável. A medida drástica de encerrar milhões de domínios é uma consequência direta das repercussões legais enfrentadas pela empresa.

Uma observação interessante feita pela Netcraft é que a exclusão desses domínios teve um impacto significativo na infraestrutura da Cloudflare, uma empresa de serviços de rede e segurança. A Cloudflare viu uma queda de 22% no total de domínios hospedados em seu serviço, não como registrador, mas como hospedeiro.

A saga da Freenom e seus milhões de domínios encerrados são um lembrete dos desafios legais e éticos enfrentados no vasto mundo digital, onde a batalha por controle de nomes de domínio pode ter enormes implicações comerciais e de segurança.

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