Camarões criados com bioinsumos crescem e são transferidos de tanque em Maricá
Processo estava previsto na nova fase de testes iniciada em janeiro deste ano

O Centro de Inovação em Aquicultura de Maricá (Ciamar) montou uma força-tarefa para transferir camarões vivos entre tanques da unidade. A medida visa deixar os animais mais confortáveis depois de um período de crescimento. Ao todo, 125 mil camarões foram retirados de um dos tanques e realocados, abrindo mais espaço nos criadouros. Outros 125 mil permaneceram no tanque original.

O processo estava previsto nesta nova fase de testes de produção de camarões, iniciada em janeiro deste ano.

O Ciamar é um projeto da Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) que visa estruturar um novo mercado de produção de camarões, rações e o beneficiamento dos animais para venda e consumo. A produção dos crustáceos é feita em sistema fechado, com reutilização de água e sem gerar poluição marinha, que é um dos problemas do cultivo tradicional.

“Quando a gente colocou os juvenis no tanque eles eram, obviamente, bem menores. À medida que crescem, a gente divide o grupo para chegar a uma quantidade confortável”, explicou Khauê Vieira, coordenador científico do Projeto Lagoa Viva.

Atualmente, alguns indivíduos já têm até 10cm de tamanho.

Diferenciais

Além da pegada ambiental, com menos custo para os ecossistemas costeiros, o cultivo de camarões desenvolvido pela Codemar tem outras características positivas. Uma delas é a grande produtividade. Os tanques produzem até seis vezes mais camarões por espaço do que uma fazenda tradicional.

Também é possível montar o sistema longe do mar. Em Maricá, o Ciamar fica na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no Espraiado, a quilômetros do oceano.

Este distanciamento é possível por conta do sistema fechado de reuso de água e do uso de bioinsumos para manter a qualidade da água adequada para a vida dos camarões sem precisar de trocas recorrentes.

O bioinsumo cria nos tanques o ambiente ideal com a degradação de restos de ração e melhoria da água com micro-organismos que beneficiam o camarão. Com isso, a tecnologia pode até ser vendida para produtores de estados que não têm litoral.

Fotos de Leonardo Fonseca: https://flic.kr/s/aHBqjBgv4S

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