Mutirão integrado percorreu os distritos de Inoã e Ponta Negra, eliminando os focos do Aedes aegypti e conscientizando a população

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, visitou cerca de 2.500 espaços neste sábado (02/03), Dia “D” de Mobilização Contra a Dengue em todo o país. O segundo mutirão integrado da cidade percorreu áreas estratégicas dos distritos de Inoã e Ponta Negra, onde os agentes de combate às endemias vistoriaram possíveis focos do Aedes aegypti e compartilharam orientações preventivas à população, com destaque para a importância de eliminar resíduos de água parada, interrompendo o desenvolvimento do mosquito.

As regiões de atuação prioritária foram locais do segundo e terceiro distritos com número elevado de casos notificados ou possíveis focos. Em Inoã, as equipes foram a 1.934 imóveis. Já no Espraiado e em Manoel Ribeiro, localizados no distrito de Ponta Negra, 647 espaços tiveram a atuação dos profissionais. Além disso, os centros comerciais de Inoã e Ponta Negra receberam uma atividade de panfletagem sobre ações preventivas diárias, realizada pelos agentes comunitários de saúde junto aos agentes de combate às endemias.

A atividade de mobilização coletiva teve o apoio de profissionais de outras secretarias e órgãos municipais, que atuaram recolhendo lixos, entulhos e outros materiais em áreas públicas, na conscientização dos moradores ou no mapeamento de espaços públicos com focos do Aedes aegypti. O mutirão teve a participação da autarquia Serviços de Obras de Maricá (Somar), do Centro de Operações de Maricá (Comar), da Companhia de Saneamento de Maricá (Sanemar), e das secretarias de Proteção e Defesa Civil e de Ordem Pública e Gestão de Gabinete Institucional (Seop).

O prefeito Fabiano Horta participou do mutirão e destacou o seu papel para conscientizar os moradores, lembrando que a luta contra a dengue necessita da contribuição da população.

“Estive junto às nossas equipes de agentes de saúde, fazendo uma campanha de divulgação sobre os cuidados contra a dengue. Eles estão trabalhando visitando as casas, a equipe da Somar recolhendo resíduos, dentre outros. No Centro, abrimos um polo de atendimento específico para os casos de dengue, com equipes preparadas, consultórios e área de hidratação. Com a colaboração de todos, vamos vencer essa batalha. Por isso, panfletos nas ruas e consciência para todos”, destacou.

Juliana Nogueira, responsável pela Secretaria de Saúde, reforçou o impacto da iniciativa no enfrentamento à dengue, orientando a população sobre ações diárias que devem ser adotadas.

“Diante dos casos crescentes em todo o país, o mutirão tem o objetivo de contribuir no acesso às residências da população e, com isso, levar as informações preventivas necessárias. A estratégia é começar com a conscientização e a educação em saúde da população, evitando acúmulos de entulhos, lixos e recipientes abertos. Isso evita os focos e a circulação do mosquito Aedes aegypti, que é o vetor de transmissão da dengue”, acrescentou.

População unida à luta

Os moradores abordados pelo mutirão aprovaram a iniciativa. O mecânico Valderi de Almeida, de 52 anos, mora no Espraiado e foi um dos que participaram da ação. Ele ressaltou que mantém os cuidados necessários.

“Acho essas visitas muito importantes, porque incentivam os moradores a tomar certos cuidados para evitar a proliferação desse mosquito. Sempre fico de olho se há focos de água parada e troco a água do cavalo todos os dias. A Prefeitura está trabalhando bem com essa campanha, tomando conta da gente”, afirmou.

Em Inoã, a cuidadora de idosos Angela Maria, de 48 anos, relembrou a importância da prevenção para manter a segurança das pessoas de mais idade.

“Precisamos estar muito atentos a essa doença. Cuido de dois idosos que moram comigo, então todo cuidado tem que ser redobrado”, concluiu.

Prevenção e denúncia de focos

Os agentes de combate às endemias e equipes de outras secretarias e órgãos do município seguem diariamente com as atividades de combate à dengue. Porém, a contribuição dos moradores em ações diárias é fundamental para interromper o ciclo de desenvolvimento do Aedes Aegypti, que também transmite zika e chikungunya.

Por isso, evite o acúmulo de água em objetos ou espaços da sua casa. Mantenha caixas d’água, galões, toneis, poços e tambores vedados; bandejas de geladeira e ar-condicionado sem água; pneus sem água e em locais cobertos; garrafas vazias e baldes virados para baixo; ralos limpos e com telas; vasos sanitários sem uso fechados; piscinas e fontes tratadas; quintal sem lixo e/ou entulho; calhas limpas; e elimine os pratos dos vasos de plantas.

Caso aviste um possível foco do Aedes aegypti, como áreas com entulhos, acúmulo de pneus com água, dentre outros, envia a denuncie para a Central 156. Por meio da oficialização do caso, as equipes irão analisar a situação e encaminhá-la para vistoria do local, caso necessário.

Polos de atendimento à dengue

Para otimizar os atendimentos aos casos suspeitos, Maricá abriu um polo de atendimento exclusivo para a dengue, localizado na Rua Álvares de Castro, 337, em frente à sede da Prefeitura, no Centro. O espaço funciona todos os dias, das 8h às 20h, e conta com atendimento médico clínico e pediátrico, áreas de hidratação, dispensa de medicamentos e realização de exames. O local tem capacidade de atender aproximadamente 300 pessoas por dia.

Em Itaipuaçu, será aberto nesta segunda-feira (04) um polo exclusivo de atendimento à dengue, situado na Rua Van Lerbergue (antiga 34), na esquina com a Rua Elisa Vieira Veras (antiga 52). A tenda de hidratação funcionará também todos os dias, das 8h às 20h, com os mesmos serviços.

A partir da abertura desses espaços, a população com sintomas suspeitos da doença deve se dirigir a um dos polos, o que evitará lotações nas unidades de Urgência e Emergência e de Saúde da Família (USF). Lembrando que são considerados sintomas de dengue: febre alta (acima de 39ºC), dor de cabeça ou no corpo, dor atrás dos olhos, aparecimento de manchas vermelhas no corpo e enjoo ou vômito. Pacientes com sintomas gripais não serão atendidos nas tendas exclusivas para a dengue.