Morreu em Maricá, Max Lopes, o “Mago das Cores” do Carnaval brasileiro

Nota de Pesar: Max Lopes, o “Mago das Cores,” deixa um legado inestimável no Carnaval Brasileiro

O Carnaval brasileiro perdeu uma de suas lendas nesse domingo (24), com o falecimento de Max Lopes, aos 85 anos, em Maricá, no Rio de Janeiro. O renomado carnavalesco, conhecido como o “Mago das Cores”, sucumbiu a complicações decorrentes de um câncer de próstata avançado, conforme informado pela Secretaria de Saúde do município. Sua prima confirmou a triste notícia.

Max Lopes deu entrada no Hospital Municipal Conde Modesto Leal em Maricá no sábado, vítima de insuficiência múltipla dos órgãos, e não resistiu. Seu quadro de saúde já era delicado desde uma cirurgia no intestino realizada há oito meses.

O legado de Max Lopes é indiscutivelmente valioso para o Carnaval carioca e brasileiro. Ele se destacou como o primeiro campeão do Sambódromo e deixou sua marca em desfiles históricos, como “Liberdade, Liberdade” e “Nação do Nordeste”. Seus feitos incluem três campeonatos na elite do samba, e ele também foi campeão nas divisões de acesso em 1990 com a Unidos do Viradouro.

Nascido no Rio de Janeiro em 1938, Max Lopes iniciou sua carreira carnavalesca como auxiliar de Fernando Pamplona, um dos grandes nomes do Carnaval. Seu talento se destacou rapidamente, e ele assinou seu primeiro desfile em 1976, na Unidos de Lucas, com “Mar baiano em noite de gala”. No ano seguinte, estreou no Grupo Especial com “Viagem fantástica às terras de Ibirapitanga” na Imperatriz.

Seu desfile mais marcante aconteceu em 1989, quando, a convite do presidente Luizinho Drummond, criou um desfile-exaltação ao centenário da Proclamação da República do Brasil, intitulado “Liberdade! Liberdade! Abra as asas sobre nós!”. O desfile retratou momentos cruciais da história brasileira, e sua grandiosidade desbancou outros desfiles icônicos, como “Ratos e urubus” de Joãosinho Trinta.

Além disso, Max Lopes foi um nome importante em escolas como Estação Primeira de Mangueira e União da Ilha do Governador. Em 2002, voltou à Mangueira para criar um enredo divertido sobre o Nordeste, homenageando figuras como Lampião e Gonzagão.

O velório de Max Lopes está marcado para terça-feira (26), no Parque da Colina, em Niterói, e será aberto ao público. Seu corpo será cremado.

A notícia da morte de Max Lopes abalou profundamente o mundo do samba, e várias escolas de samba prestaram homenagens, lembrando sua contribuição notável para o Carnaval. Suas realizações e seu legado continuarão a ser celebrados e reverenciados, e ele será lembrado como um dos grandes artistas do Carnaval brasileiro.

Max Lopes deixa uma lacuna irreparável no coração do Carnaval e será eternamente lembrado como um dos maiores gênios da arte carnavalesca. Que descanse em paz.

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