Tiro com arco muda sentido da vida de atleta paralímpico
Ex-morador de São Gonçalo, o arqueiro se tornou mais um entre os milhares de “estrangeiros” que escolheram Maricá para viver nos últimos anos
 
Não faz muito tempo que Gabriel Melo, de 26 anos, escolheu Maricá para morar. Apaixonado pelas praias e pelo ambiente acolhedor e inclusivo da cidade, o jovem, que é atleta paralímpico, se mudou há menos de um ano e aqui pôde desenvolver uma prática esportiva que acabou se tornando sua profissão: o tiro com arco.  Ex-morador de São Gonçalo, o arqueiro se tornou mais um entre os milhares de “estrangeiros” que escolheram Maricá para viver nos últimos anos, conforme aponta o Censo 2022, divulgado em junho.  

Sua história é o típico caso daqueles heróis anônimos que transformam uma tragédia em conquista. Após sofrer uma tentativa de assalto quando seguia para o trabalho, ele teve que remover parcialmente sua perna direita.  Logo, conheceu o tiro com arco – modalidade esportiva, que consiste em acertar uma flecha no alvo circular, com o uso de um arco – há mais ou menos um ano e já participou do Campeonato Brasileiro Paralímpico, realizado em maio deste ano.

Atualmente, Gabriel é atleta do projeto Maricá Cidade Olímpica, desenvolvido pela Secretaria de Esportes e Lazer, e treina na Confederação Brasileira de Tiro com Arco (CBTArco), em Itapeba e, pensando em ficar mais perto do campo de treinamento, resolveu morar em Itaipuaçu com sua noiva Monique Carvalho, de 27 anos.

“É muito importante termos esse tipo de patrocínio para nos ajudar a custear os nossos gastos. O tiro com arco foi o que eu escolhi após o meu acidente. Essa prática esportiva mudou o sentido da minha vida e o projeto Maricá Cidade Olímpica é de fundamental importância para a vida dos atletas”, disse Gabriel que iniciou sua trajetória profissional no clube Dispara Brasil, equipe que levou três ouros no último campeonato brasileiro desse esporte, e que também é apoiada pelo projeto Maricá Cidade Olímpica.

Este projeto seleciona jovens a partir de 14 anos, que querem ser atletas no município em dez modalidades olímpicas (vôlei de praia e de quadra, basquete 3×3, handebol, remo e o tiro com arco) e paralímpicas (tiro com arco, remo, bocha e vôlei sentado).

“Venho acompanhando a mudança de vida das pessoas no esporte e só vejo ganhos. Desde uma pessoa que diminuiu medicação, passando pela pessoa com deficiência que está inserida na sociedade, até o atleta que se profissionalizou e está realizando sonhos. O esporte é importante para todas as esferas da vida e é muito gratificante fazer parte disso em Maricá. É muito bom ver que o esporte influenciou a vinda de novos moradores para a nossa Maricá”, explica o secretário de Esporte e Lazer, Filipe Bittencourt.

Foto: Anselmo Mourão

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