Público lota auditório do Banco Mumbuca no encerramento do congresso sobre economia solidária

Criador da lei da renda básica, o deputado eleito por São Paulo, Eduardo Suplicy, foi a atração do último dia de evento

 

O último dia do 2º Congresso de Gestores, Articuladores e Pesquisadores de Economia Solidária (Egapes) lotou, nesta sexta-feira (25/11), o auditório Manoel Lago, que fica na sede do Banco Mumbuca, no Centro de Maricá. A grande atração foi um dos convidados do evento, o recém-eleito deputado estadual em São Paulo, Eduardo Suplicy, e também autor da lei da Renda Básica da Cidadania, em 2004, quando era senador. Participaram também a secretária de Assistência Social de Cabo Frio, Nilza Miquelotti, o subsecretário de Economia Solidária de Niterói, Maicon Carlos, além do vice-prefeito de Maricá, Diego Zeidan, e da deputada Estadual Rosangela Zeidan (PT-RJ).

Em sua fala, Eduardo Suplicy lembrou de quando conheceu o ex-prefeito e deputado federal eleito Washington Quaquá, que disse ao então senador que queria trazer a renda básica para Maricá. “Ele deu passos firmes nesse sentido e hoje a Mumbuca é exemplo formidável para o país. O próprio presidente Lula já disse que quer vir a cidade e conhecer o sistema de perto”, afirmou o deputado paulista, que completou: “O sucesso de Maricá estimula outras cidades a seguí-la e expandir a ideia da renda básica, e este é um evento de suma importância nessa consolidação”, reforçou Suplicy, que presenteou a diretora-presidente do banco, Manoela Mello, com um exemplar de seu livro ‘Renda da Cidadania – A Saída é Pela Porta’.

Os representantes dos outros municípios que passaram a utilizar moedas sociais também exaltaram o exemplo maricaense. “É fundamental essa articulação das cidades e é bom ter Maricá como referência de sucesso para garantir a economia local”, observou Maicon Carlos, um dos responsáveis pela moeda Araribóia, utilizada em Niterói. Já Nilza Miquelotti lembrou que a moeda oferece dignidade aos mais necessitados. “O povo pode comprar o que quer com a moeda, não apenas o que lhe oferecem. Muitas vezes a necessidade não é só de comida, porque a pessoa também precisa se calçar e se vestir”, apontou a secretária de Cabo Frio.

Ao final do encontro, o secretário de Economia Solidária de Maricá, Adalton Mendonça, se disse emocionado com o sucesso do evento, que teve a participação de autoridades do setor vindas de diversas partes do Brasil e também do exterior. Segundo ele, a meta para 2023 é dobrar o número de beneficiados pelo programa Renda Básica da Cidadania na cidade. Atualmente, cerca de 42.400 moradores recebem o valor mensal de R$ 200.

“Nossa vocação é sempre de ir em frente e tentar, quase sempre com sucesso. No caso da renda básica, a prova disso é a grande procura que temos da mídia nacional e estrangeira. Maricá vai seguir com esse modelo de política popular, que servirá de incentivo para se expandir a toda a América Latina e estimular o desenvolvimento de pequenos municípios, que precisam aquecer sua economia”, ressaltou o secretário.

Tendo como tema principal “A Economia Solidária como Base do Desenvolvimento Socioeconômico”, o evento, que teve o apoio da Prefeitura de Maricá, havia começado na última quarta-feira (23/11) e reuniu palestrantes e estudiosos do assunto para debaterem os desafios, a construção de alternativas para as crises e as iniciativas voltadas na área da economia solidária, entre elas a renda básica e a criação de uma moeda social, já adotadas em Maricá.

Crédito: Vinícius Manhães

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