Cemitério de Maricá celebra o Dia de Finados com missa
Cerca de 200 pessoas compareceram ao local para assistir a homilia conduzida pelo pároco da igreja Matriz de Nossa Senhora do Amparo

A Prefeitura de Maricá homenageou o Dia de Finados com uma missa realizada nesta quarta-feira (02/11) no cemitério municipal de Maricá, após dois anos sem a celebração por causa da pandemia da Covid-19. Em razão do mau tempo, a missa aconteceu no espaço onde ficam as capelas dentro do novo prédio do Campo Santo Cônego Batalha. Mesmo com a chuva ao longo da manhã, a celebração teve a presença de aproximadamente 200 pessoas. De acordo com a Secretaria de Assistência Social, o cemitério recebeu cerca de dois mil visitantes.

A missa foi celebrada pelo pároco da Matriz de Nossa Senhora do Amparo, padre Max de Almeida. Na homilia, ele citou o exemplo de Maria, mãe de Jesus, que não se desesperou mesmo vendo o filho morto na cruz.

“Na hora em que perdemos alguém querido, não podemos deixar que o desespero tome conta de nós, assim como Maria. O cemitério é um lugar para dar vazão à dor e à saudade, e a missa reforça nossa fé na ressurreição, conforme a promessa de Jesus”, disse o padre.

Ao final da missa, o secretário de Assistência Social, Jorge Castor, afirmou estar feliz com o retorno da celebração após a pandemia utilizando o novo espaço. “É bom voltar a reunir as famílias para esta homenagem aos que já partiram, e neste espaço que projetamos junto com o prefeito Fabiano Horta. Os que têm lembranças de pessoas queridas que se foram prestam seu tributo, seja com flores ou orações, e vêm aqui para ter a certeza de que estão ao lado do Pai maior”, avaliou.

Para a coordenadora de Assuntos Religiosos de Maricá, Danieli Machado, também foi bom ver a missa lotada em um dia de tempo chuvoso. “Isso mostra que os que já partiram continuam vivos no coração dessas pessoas, e que elas sentiam falta de estar aqui lembrando deles. É um dia de emoção e saudade”, lembrou ela.

Entre os visitantes do campo santo, havia gente que comparece anualmente no Dia de Finados. “Tenho pai e esposo sepultados aqui, e consegui vir mesmo durante a pandemia. É uma tradição que temos e sempre cumprimos”, afirmou Carla Machado, que estava acompanhado das duas filhas.

Marilene dos Santos Melo, de 59 anos,  perdeu duas irmãs há menos de um ano e foi ao cemitério prestar homenagens. “Uma se foi no fim do ano passado no nordeste, e a outra vivia aqui e morreu em fevereiro. A lembrança que fica é muito forte e eu virei sempre”, prometeu ela.

Fotos: Anselmo Mourão

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