Primeiro Passeio Ciclístico em Itaipuaçu é marcado pela luta contra o feminicídio

Evento teve ato simbólico, apoio e serviços gratuitos destinados às mulheres nesta terça, 07/09  

 

A Prefeitura de Maricá realizou nesta terça-feira (07/09) o Primeiro Passeio Ciclístico em Itaipuaçu, conferindo ao evento a marca da luta contra o feminicídio. Além do passeio de bicicleta, houve palestras, aula de zumba, apoio jurídico, degustações de produtos da fazenda municipal e oferta de serviços de saúde às mulheres, na Praça dos Gaviões.  


Roberto Moreira, coordenador da Secretaria de Gestão e Metas Sociais, que organizou o evento em parceria com a Associação dos Barraqueiros de Itaipuaçu (ABEI), disse que o objetivo foi cumprido: 


“Nossa meta era mobilizar a população contra o feminicídio, um problema que cresce assustadoramente em nosso país e contra o qual devemos dar um basta. Precisamos criar uma cultura desde já para que os adolescentes que um dia serão adultos vivam em um mundo diferenciado”, afirmou. 

 

Crime evitável 

 

A coordenadora de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Participação Popular, Direitos Humanos e Mulher, Luciana Piredda, ressaltou a importância de levar informação ao universo feminino: 


“Falar sobre feminicídio é importante porque esse crime é evitável. O papel fundamental deste evento é levar informação às mulheres e conscientizar sobre a incidência de violência doméstica, até porque muitas das mulheres que sofrem nem têm noção que estão passando por esse problema e como ele pode avançar”, declarou.  

 

Luz contra o ciclo de violência 

 

A vice-presidente da OAB de Maricá e presidente do Instituto Pela Ordem Primeiro Elas, Luciene Mourão, disse que o evento é um resgate daquela mulher que tanto sofreu abusos antes e durante a pandemia.   


“Apesar de ser um ato simbólico com um passeio ciclístico, o evento traz luz às questões relacionadas à mulher. Nós precisamos e devemos romper com este ciclo de violência que começa de maneira verbal e logo vai para a física. Precisamos nos unir, conscientizar, mobilizar e acabar com isso”, afirmou.  


A moradora de Itaipuaçu Arlene Oliveira, de 53 anos, contou como foi participar do evento. “Estou muito feliz porque este é um espaço de acolhimento que nós, mulheres, precisamos, como eu, que estou em um novo momento de vida após uma separação. Torço para as próximas edições”, comentou. 

Fotos de Vinícius Manhães

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