Sistema de esgotamento da Zona Sul terá nova estação de bombeamento de esgoto

 Unidade instalada na Praça do Índio, no Flamengo, terá capacidade de bombear até 110 litros por segundo para o Interceptor Oceânico

  

Contribuir para a eliminação do despejo de esgoto na Praia do Flamengo. Este é o objetivo da nova Estação Elevatória de Esgoto, que está sendo construída pela Águas do Rio, na Praça do Índio. Com investimento de mais de R$ 1 milhão, a nova unidade de bombeamento entrará em funcionamento em setembro, ampliando a capacidade de direcionamento de efluentes para o Interceptor Oceânico (IO) e, consequentemente, para o Emissário Submarino de Ipanema.

 

A concessionária já havia instalado no local uma bomba provisória evitando o despejo de cerca de 40 litros por segundo de esgoto sem tratamento na Praia do Flamengo. O novo sistema de bombeamento irá contar com dois conjuntos de bombas, sendo um reserva, para garantir a eficiência e segurança operacional da elevatória, e terá capacidade de destinar até 110 litros por segundo ao IO. 

“Parece difícil de mensurar, mas a quantidade de esgoto que deixará de ser lançado, por hora, no mar do Flamengo é grande. É o equivalente a 180 mil garrafas pet, com dois litros cada”, explica o coordenador do setor de Melhorias, Victor Hoff.

 

A recuperação ambiental da Baía de Guanabara é um dos compromissos assumidos pela Águas do Rio ao assumir a concessão de saneamento básico em 27 municípios do estado do Rio de Janeiro. Além do desafio de recuperar este cartão postal do Brasil, com a instalação de um cinturão de coletores, a empresa também está empenhada em revitalizar o sistema de esgotamento sanitário existente da cidade.

 

“Com as ações de manutenção e recuperação do sistema de esgoto da cidade, vamos, de forma progressiva, dando maior estabilidade ambiental à natureza local. E isto vai gerando impactos positivos na qualidade de vida das pessoas que frequentam as praias da cidade”, ressalta o gerente de operações da concessionária, Sérgio Henrique.

 

OUTRAS AÇÕES

 

Conhecido como um dos mais emblemáticos rios da cidade, o Rio Carioca passa pelos bairros de Santa Teresa, Cosme Velho, Laranjeiras e Flamengo, até desaguar na Baía de Guanabara. Ao longo dos anos, o rio, que nasce limpo no Parque Nacional da Tijuca, vem sofrendo com a ocupação desordenada e com o descarte irregular de lixo e esgoto. Desde maio, a Águas do Rio adotou uma solução contingencial para desviar o percurso do Rio Carioca para o Interceptor Oceânico e assim garantir que todo esgoto despejado de forma indevida não chegue na praia.

 

Em paralelo, a concessionária também vem realizando a limpeza do interceptor para aumentar sua vazão.  Em três meses de operação já foram retiradas 600 toneladas de resíduos na parte do coletor que vai da Glória até Botafogo, e 800 toneladas no trecho de Copacabana que não era limpo há 50 anos, desde sua construção. Até março de 2023, a expectativa é que sejam retiradas 2 mil toneladas de resíduos. 

 

Esta limpeza, associada a outras intervenções que estão sendo feitas, aumenta a capacidade de escoamento e contribui na redução da incidência de fenômenos como línguas negras nas praias, provocadas pelo extravasamento do sistema de drenagem pluvial.

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