Com o uso de equipamento sensível ao som, Águas do Rio ‘caça vazamentos’ em tubulações de água da capital

   

Primeiro mês de utilização de geofone evita o desperdício de 1,5 mil piscinas olímpicas de água tratada  


Cerca de 8 mil piscinas olímpicas de água tratada perdidas em vazamentos na rede de distribuição de água da capital fluminense. Esse é o desperdício mensal estimado pela Águas do Rio – volume que poderia abastecer uma cidade com 3,5 milhões de pessoas. Para mudar essa realidade, a concessionária possui um plano contra perdas e realiza uma série de ações que incluem o uso de tecnologia. É o caso do geofone, equipamento ultra sensível a sons, que é capaz de detectar vazamentos ocultos subterrâneos nas redes públicas.   


As equipes operacionais trabalham de madrugada, quando a vida urbana se acalma e o barulho de carros e pessoas é reduzido, facilitando a escuta e identificação de sons no subsolo da cidade. Se um vazamento é captado, um quadrado é desenhado no chão indicando que ali pode haver um problema. Uma nova equipe vai então ao local durante o dia, para realizar os reparos necessários.  


Foi dessa forma que, somente no primeiro mês da utilização do geofone, 198 vazamentos foram encontrados em bairros da capital – quase um por quilômetro percorrido -, evitando que a quantidade equivalente a 1,5 mil piscinas olímpicas de água tratada fosse perdida. O montante recuperado abastece as casas de 100 mil pessoas por mês.  Exemplo disso foi um vazamento encontrado na rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, onde, por mais de dois meses, se perdeu 10 litros por segundo de água tratada. Com esse volume, seria possível abastecer 4 mil pessoas por dia. 


“Atuando com esse equipamento, a concessionária consegue agir rápido, impedindo que o vazamento interno tome maiores proporções, causando danos nas tubulações e atrapalhando a rotina da cidade, além do desperdício de um bem essencial para a vida. No Rio de Janeiro, as equipes operacionais irão percorrer os 4 mil km de extensão de rede que formam o sistema de abastecimento de água da capital”, explica o diretor superintendente da Águas do Rio na capital, Sinval Andrade.  


Plano contra perdas  


Desde o dia 1º de novembro, quando assumiu o saneamento básico em 27 cidades do estado, incluindo o centro e as zonas Sul e Norte da capital, a Águas do Rio está focada no controle de perdas, recuperando a rede de abastecimento, implementando novas tubulações e restaurando o sistema.  


O plano inclui a setorização das redes de água da cidade, com a instalação de válvulas que dividem as tubulações em setores, permitindo que obras e intervenções aconteçam pontualmente, não afetando o sistema como um todo. Além disso, também foram instalados datalogers, equipamentos que registram a pressão da água em diversos pontos e mandam avisos para o Centro de Operações Integradas da empresa.

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