Promovido pela PM, Programa Educacional de Resistência às Drogas reuniu também familiares, que lotaram quadra do CEPT Zilca Lopes da Fontoura, no Centro

Cerca de 1.100 alunos de nove escolas da rede municipal de ensino de Maricá participaram na última quinta-feira (30/06) da formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), promovido pela Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. A cerimônia foi realizada na quadra do CEPT Zilca Lopes da Fontoura, no Centro, em parceria com a Prefeitura de Maricá, que já existe há mais de uma década. Com 30 anos de atuação, o Proerd consiste em um esforço cooperativo estabelecido entre a Polícia Militar, escola e a família, com a premissa de ensinar aos estudantes habilidades para tomada de boas decisões.

Os estudantes do ensino fundamental receberam certificados de participação e os que mais se destacaram no semestre ganharam brindes. Além dos alunos, familiares lotaram a quadra e registraram o momento em várias fotos dos formandos. Para a secretária de Educação de Maricá, Adriana Costa, o principal propósito do Proerd nas escolas da rede é dar a noção aos pequenos do que é uma vida com dignidade. Em seu discurso, ela se dirigiu aos alunos e reforçou a importância de estar longe de qualquer tipo de droga.

“A primeira delas é o álcool. Quantas pessoas nós conhecemos que são maravilhosas até começarem a beber? Muita gente vai dizer a vocês coisas boas sobre as drogas e que é legal usar, estejam atentos a isso e não cedam. Aqui vocês aprenderam a resistir e a dizer não a elas, e assim devem continuar”, frisou Adriana.

Mães e pais orgulhosos

A aeroviária Michele Leal, de 37 anos, não tirava os olhos da filha Ana Luísa, de 10, que estava na primeira fila. “O mais legal foi aprender a dizer não às drogas”, lembrou a aluna ao final da solenidade, junto com a mãe. “Ela sempre falou muito bem das aulas com o Proerd, que deram um direcionamento importante para todos eles. Por mim ficaria até o fim do ano”, expressou Michele, que mora em Itapeba.

A mesma opinião era a do porteiro de condomínio Marcos Riter, de 58 anos, que mora no Flamengo com o filho Elias, também um dos que se formou no curso. “Acho que não tinha que parar, melhor se fosse contínuo. É uma iniciativa importante ao menos para mim, com a vivência que eu tenho. Uma ótima orientação para os nossos filhos”, avaliou o pai, enquanto o filho pontuava o que assimilou melhor no curso: “Gostei muito da parte que mostra como agir em situações de tensão, a manter o controle”, disse o estudante.

Como funciona o Proerd

O Proerd é oferecido de forma semestral aos alunos das escolas participantes, que podem optar por participar. Uma vez por semana, os instrutores vão às unidades de ensino e realizam palestras sobre drogas lícitas e ilícitas e como evitá-las e também sobre outras questões como o bullying.

“Queremos sempre fortalecer junto a eles o senso crítico, conceitos de respeito, moral e valores da família. Usamos ainda conceitos de ‘polícia de proximidade’ para que as crianças se tornem íntimas das forças da lei e nos tenham como referência”, explicou o coordenador do Proerd, tenente-coronel Carlos Pimenta.