Uma história de superação e esperança em abrigo da Prefeitura de Maricá

Com o apoio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, professor encontra caminho e apoio para recomeçar a vida
Nem sempre a vida segue o caminho que imaginamos. Para o professor Carlos Magno, de 64 anos, os desafios foram muitos, mas a força para recomeçar ainda maior. Morador do abrigo municipal da Prefeitura de Maricá, ele encontrou no acolhimento social uma nova chance para reconstruir a própria história.
Natural do bairro de Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio de Janeiro, Carlos chegou a Maricá no ano de 2010. Sempre trabalhador, se formou como professor, fez cursos de informática e biblioteconomia. Atuou como servidor público durante anos em um município da Baixada Fluminense, mas as dificuldades se acumularam. O desemprego, a falta de oportunidades e uma série de imprevistos o levaram a uma situação de vulnerabilidade, fazendo com que precisasse viver nas ruas por um tempo.
“Por causa de algumas escolhas que fiz na vida, acabei ficando sem um lugar para morar. Tenho três filhos, mas não quero atrapalhar a vida deles. Sei que preciso me reerguer por conta própria”, conta Carlos, que mora no abrigo há quatro meses.
Foi então que, através de orientações de assistentes sociais, ele chegou a um dos polos do abrigo municipal, localizado em Itaipuaçu. Mais do que um teto e alimentação, Carlos encontrou suporte para se reerguer. No espaço, teve acesso a atendimento psicológico, odontológico, atividades e encaminhamento para programas de reinserção no mercado de trabalho.
“O abrigo é um espaço que me permitiu refletir e analisar o que quero para a vida. Aqui, somos bem atendidos, porém não quero ficar por muito tempo. Meu objetivo é ter minha casa e reconquistar tudo o que perdi”, disse.
Hoje, Carlos Magno traça novos planos. Seu desejo é conseguir um emprego estável – inclusive já realizou uma entrevista e aguarda resposta – e, no futuro, um lugar para morar de forma independente. Com determinação e o apoio da rede de assistência social, ele se prepara para dar os próximos passos rumo a uma vida mais digna.
“O objetivo do abrigo não é apenas oferecer um lugar para dormir, mas também ajudar essas pessoas a retomarem o controle de suas vidas, seja por meio de capacitação profissional, suporte psicológico ou encaminhamento para oportunidades de trabalho”, explicou a coordenadora do Abrigo de Itaipuaçu, Monique Barreto.
“Meu maior sonho não é apenas um desejo distante. É uma necessidade, uma missão: recuperar a normalidade da vida. Quero voltar a ter um emprego, um lar, alguém ao meu lado. Quero ser visto, ser reconhecido, porque, muitas vezes, parecemos invisíveis diante da sociedade. Por isso, cada oportunidade que recebo tem um valor imenso. E hoje, meu coração transborda gratidão! Muito obrigado!” Finalizou.