Reportagem do El País cita Maricá como caso de sucesso
Jornal espanhol, um dos mais importantes do mundo, destacou em sua edição de 2 de outubro, os programas sociais desenvolvidos na cidade a partir da política dos royalties
A política de investimento social desenvolvida pelo município de Maricá a partir do recebimento dos royalties do petróleo foi citada num dos mais importantes periódicos do planeta: o El País, jornal diário espanhol fundado em 1976. A reportagem com sete páginas publicada na segunda-feira 2 de outubro, faz uma análise sobre os 70 anos de existência da Petrobras. O texto abordou os desafios da empresa, o compromisso ecológico e a previsível queda de produção do petróleo bruto até o fim da década. A cidade de Maricá é citada como caso de sucesso envolvendo a exploração do produto.
O texto diz que: “Não é surpresa porque (Maricá) é a cidade que mais recebe royalties para a extração de petróleo bruto e gás em todo o país. O ano passado totalizaram 3.500 milhões de reais (660 milhões de euros) para um população de cerca de 200 mil habitantes, boa parte deles atraída pela corrida do ouro negro. Esse dinheiro se traduz em 38 euros de renda básica mensal. Outros auxílios para trabalhadores informais são ônibus e bicicletas gratuitos, bolsas universitárias para a maioria da população pobre e projetos de prospecção científica com olhar para o futuro. A cidade pretende ser uma Noruega em microescala. Aproveitando a loteria dos royalties para financiar políticas sociais de longo prazo”.
O secretário de Desenvolvimento Econômico de Maricá, Igor Sardinha, foi um dos personagens ouvidos pela repórter Naiara Galarraga Gortázar. O gestor explicou a preocupação municipal com o fim da taxa paga pelo direito de usar, explorar ou comercializar o bem, que fez com que o município criasse o fundo soberano que já tem depositado mais de 1 bilhão e meio de reais: “Temos que trabalhar com a certeza de que esse dia vai chegar. É um bem finito. Ou talvez ele ainda exista, mas não será mais tão necessário ou valioso. Por isso trabalhamos em diversas frentes e criamos um fundo soberano”.
A reportagem ainda explica que, entre 10% e 15% dos royalties, são automaticamente depositados com objetivo de garantir a manutenção de políticas públicas no futuro.